quarta-feira, 30 de março de 2011

Em mim, em tudo, você.


Em meio a móveis velhos e quadros vazios

Eu sozinho, cansado, sentado, deitado, dormindo.
Acordado, de pé, quarto alugado, pequeno, só.
Eles talvez não saibam
Mais eu! Eu sei.
O amor nos invade e assim viramos servos de suas vontades.
E o que esperar de um ser que não sabe amar?
Perdido, confuso, sonhando, calmo.
Fragmentos solar pela brecha da janela
Desenham no chão do quarto,
Parado, imóvel, imune.
Ilusão, miragem, ótica, você.
Desabafo a cada trago, se esvaindo em nuvens de fumaça
Os enigmas que á me são revelados.
Coração, suor, pulmões, você.
Com os sentidos puramente aguçados, eu espero,
Vestido, pelado, descalço.
E a cada linha, a cada palavra, cada verso
Entre vírgulas e parágrafos.
Lá estar, você.
Consciente, amargo, tranqüilo, intacto.
Em meio ás dúvidas e raízes que se alastram aqui, dentre mim
Onde por fim, um sentimento brotará.
Aqui estar, eu.
Inconsciente, doce, exausto, tocado.
Sobretudo, a agonia que me seca permanece na defensiva
Procurando uma fórmula de evitar o inevitável, e assim ergo muralhas
a cada pulsar, palpite, aceleração. Mas...

Por dentro, por fora, ao redor.
Lá estar, você. Nós.


 
______________________________________Por: Alex Sanjes

2 comentários:

Luka Lobato disse...

Você sabe o quão perfeito eu achei esse seu post neah... Muito LINDO.... EMOCIONANTE... E eu vi de primeira mão '-' TE AMOOOOO

Unknown disse...

lagrimas nos olhos...
dorei